A gravidez: sobrevivência

O medo, o desconforto, a ansiedade... Como sobrevivemos a tudo isto?

Posso dizer que não tive uma gravidez propriamente santa, mas adorei estar grávida!

Dicas para sobreviver

- Alimentação 

Vamos constantemente ouvir, tens de comer por dois, tens de ter cuidado por causa da diabetes, e tu não estás a comer o suficiente... Blá, blá, bláaaaa... Engordei 12kg. O suficiente. Nunca comi por duas! E sim, abusei q.b nos doces :) Tentei sempre comer muitas vezes e variado.
Não era imune à taxoplasmose - o drama! A amukina! As carnes bem passadas! Até que percebi que estava a ficar maluca. Claro, tive certos cuidados. Como no inicio da gravidez era verão, deixei de comer saladas em sítios duvidosos. As carnes esforcei-me para comer sempre bem passado. Mas na verdade deixei de me preocupar, ou melhor, continuei com as mesmas preocupações que já tinha antes de estar grávida.
Conselho da minha médica: comer sempre de tudo o que já comia. A introdução de novos alimentos é que pode não ser tão aconselhada.
No inicio os enjoos foram muitos e sem dúvida que o nausefe foi o meu melhor amigo.
Para o fim, a azia atacou-me e apesar de todas as mezinhas, da dieta, só um protetor gástrico é que me salvou.

- Exercício físico

Pilatei até aos 3 meses. Já o fazia antes. Claro, não me pus à maluca, mas ajudava a relaxar.
Nas horas de trabalho de parto, a bola de pilates foi uma excelente aliada. Pulei, fiz muitos infinitos... Um grande método do alivio a dor.

- Descansar

Sem dúvida que ajudou muito a que corresse melhor. Nem sempre é fácil tomar algumas decisões, nomeadamente deixar de trabalhar. Mas a gravidez levava muitas das minhas energias e como ao contrário das outras grávidas, tive muitas insónias e se não descansa-se durante o dia, não me aguentava. É tempo de aproveitar para relaxar, namorar e passearrrrr muitooooo :)


- As opiniões

Aqui tinha muito para dizer! Não é fácil estar sempre a ouvir a opinião dos outros. Temos de ter uma capacidade incrível de fechar a boca (e não partilhar as nossas frustrações, ansiedades, medos...) ou de filtragem de informação!
Senti a primeira vez quando caí na asneira de dizer que a MV iria usar fraldas reutilizáveis. Bem! És louca, ao fim de dois dias já usas das outras! Não há vida para isso! E por que aquilo, ouvi dizer (na verdade nunca experimentaram, mas opinam na mesma) que é só fugas, blablablaaaaaaaaa!!
Aconteceu o mesmo com o carrinho - ah porque os de não sei quantas rodas é que são, com o berço, com a roupa e claro não podia deixar de ser - com o NOME!
É isto mesmo. As opiniões aparecem de todo o lado. De toda a gente. Às vezes dá vontade de responder: mas eu pedi-te opinião? mas quê, não gostas do nome e eu vou mudar, porque tu não gostas?
Até que se fez o click! Não abres mais a boca, tomas uma dose extra de paciência, rezas para que as tuas hormonas não te façam chorar agora mesmo e vais confiar no teu feeling e seguires aquilo que é a tua vontade!